O Maranhão tem se destacado cada vez mais pelo seu rico artesanato, ganhando notoriedade em eventos nacionais e internacionais. Com o apoio do Governo do Estado e da Secretaria de Estado do Turismo (Setur-MA), o estado esteve presente na Feira Nacional de Artesanato e Cultura (Fenacce) 2024, realizada entre os dias 20 e 29 de setembro no Centro de Eventos do Ceará. Seis talentosos artesãos maranhenses tiveram a oportunidade de expor e comercializar suas peças exclusivas no estande do Maranhão.
O estande maranhense se destacou pela diversidade e riqueza cultural das peças, refletindo a identidade única do artesanato local. Os visitantes encontraram produtos variados, como biojoias de sementes, bolsas, luminárias, toalhas de mesa feitas com fibra de buriti, colares, consoles, bandejas e abajures de madeira reaproveitada.
Entre os artesãos presentes, destacam-se Robert Wagner da Silva e Luís Magno Farias, representando a tipologia de fios e fibras; Ana Cristina Sousa Nascimento e Francisca de Oliveira, com suas artes em sementes; e o mestre artesão Douglas de Jesus Castro Lopes, com suas embarcações, bordados e aplicações. Francisco Augusto Batista Braga apresentou a beleza da arte em madeira.
"É com grande satisfação que celebramos o sucesso dos artesãos maranhenses na Fenacce 2024. A presença do Maranhão neste evento comprova o nosso empenho em promover e valorizar o artesanato local. Cada peça exposta no estande do Maranhão representa nossa cultura, história e as mãos talentosas dos nossos artistas", expressou a secretária de Estado do Turismo, Socorro Araújo.
A cliente Josiane Gaboarde se encantou com uma bolsa desde o primeiro momento, destacando a beleza do trabalho artesanal em palha de buriti, a pigmentação natural e o trançado. "O capim dourado adicionado foi um diferencial que me encantou. A qualidade e o valor são justos, comparáveis a outros trabalhos internacionais", comentou, exaltando a exclusividade das peças.
Sucesso dos artesãos
Entre os participantes, o artesão Augusto Braga, da Casa de Morros, que trabalha com madeira caída, expressou sua satisfação: "Estivemos na sexta edição da Fenacce, uma feira espetacular com muitas oportunidades para os artesãos. Recolhemos madeira pós-caída, tratamos e transformamos em arte. Essas feiras nos permitem divulgar o Maranhão e mostrar nosso trabalho. Estamos muito satisfeitos com o evento deste ano; vendemos bastante e divulgamos nosso trabalho. A feira foi um sucesso", afirmou.
Visibilidade internacional
O artesão Luís Magno Farias, especializado em bolsas de palha de buriti, também ressaltou a importância das encomendas e da visibilidade internacional que a feira proporciona. "Estou muito feliz com esta feira. É a segunda em que participo e tive êxito, com várias encomendas, inclusive para o Paraguai. A receptividade foi ótima e valorizaram nosso trabalho. A feira é uma oportunidade para adaptarmos novos materiais ao nosso trabalho e valorizarmos nossas peças", compartilhou.
Impacto na comunidade
A artesã Ana Cristina, do povoado de Zeno dos Carros, município de João Lisboa, representante da Associação do Clube de Mães, destacou o impacto positivo do projeto de artesanato em sua comunidade, gerando renda e fortalecendo laços culturais. "Na minha comunidade, temos 40 associadas que não trabalhavam com artesanato até o projeto da Universidade de Extensão Amazônia nos alcançar. Aprendemos a utilizar sementes sem desmatamento, o que trouxe uma renda extra para muitas mulheres que antes dependiam do Bolsa Família. Minha participação na Fenacce foi maravilhosa; vendi todos os meus produtos e representei bem a associação. Espero participar de novas feiras e que o governo do Maranhão continue nos apoiando", relatou.
Apoio institucional
O evento também contou com a presença do diretor do Centro de Comercialização de Produtos Artesanais do Maranhão (Ceprama), Jorge Beckman, e do administrador Alexsandro Costa, que estiveram envolvidos em todas as etapas da feira. Beckman destacou a importância do evento para o fortalecimento do artesanato maranhense: "A Fenacce é uma vitrine para nossos artesãos. É fundamental que possamos mostrar a qualidade e a singularidade do nosso trabalho, além de fomentar a economia maranhense."
Com essa participação, o Maranhão não apenas promoveu sua cultura local, mas também incentivou o desenvolvimento sustentável e a valorização dos artesãos, fundamentais para a preservação da identidade cultural do estado.
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