Os estudantes do Programa Juventude Rural Transformadora realizaram, nessa quarta-feira(19), uma visita aos assentamentos 17 de Abril e Serra do Gavião, na zona rural de Teresina, e ao memorial Casa Maria Sueli, no bairro Boa Esperança, na zona norte da cidade. Durante a atividade nos assentamentos, os jovens tiveram a oportunidade de conhecer as agroflorestas cultivadas pelos agricultores e as práticas sustentáveis.
O programa reúne cerca de 100 jovens estudantes de diversos territórios do Piauí com o objetivo de incentivar o aprendizado e absorção de conteúdos e técnicas para o meio rural. Durante a visita, os jovens foram divididos em duas turmas de 50 alunos que visitaram o assentamento e a casa. Nessa atividade, os estudantes relataram suas experiências diante da apresentação de técnicas de agricultura realizada por moradores do assentamento.
A estudante em Licenciatura do Campo, Débora Jaysa, do território Carnaubais, afirma que a atividade prática de visita ao campo é importante por agregar mais conhecimentos aos jovens. “Sou filha de produtores rurais, meu pai é da bovinocultura de leite, e para mim é muito importante estarmos aqui observando as técnicas utilizadas que podem beneficiar as comunidades rurais”, disse.
Já a estudante de agronomia, Jaciara Riques, da cidade de Floriano, ressaltou os benefícios das técnicas agroecológicas utilizadas pelos agricultores da comunidade. “Eu sempre me interessei por essa área, meus pais são do meio rural, cresci colhendo milho e feijão na roça e os ensinamentos dessa atividade, serão suficientes para criar projetos e trazer inovação para as comunidades rurais”, ressaltou.
Para a vice-presidente do Assentamento 17 de abril, Teresa Pereira, o local é importante por trazer renda a população que mora na região. “Nosso maior desafio é buscar mais investimentos, porque muitos jovens chegam a afirmar que se formam para ‘não pegar no cabo da inchada’, algo que, com utilização de equipamentos modernos, eles podem estar realizando e pode agregar mais ainda ao meio rural”, apontou.
Teresa, é também líder comunitária e afirma que em todos os quintais produtivos podem ser encontrados diversos tipos de frutas, como acerola, abacate, caju, manga, macaxeira e entre outros. “A salada que os jovens vão comer hoje é produzida pelas nossas mãos, um produto natural”, concluiu.
Na Casa Maria Sueli, os estudantes conheceram o Museu da Resistência Boa Esperança e a Biblioteca Entre Rios, locais que reúnem tecnologias ancestrais.
“Aqui no território utilizamos tecnologias ancestrais, agregando mais ideias, para as comunidades ao nosso redor, como o memorial Paloma Amaral. Tudo para que possamos fomentar mais ainda a nossa cultura”, disse a coordenadora da Casa, Maria Lúcia Oliveira.
Para a estudante Jamily Martins, a visita ao projeto foi importante para conhecer um pouco mais da história dos antepassados da região.
“É uma volta à ancestralidade e acredito que precisamos conhecer mais a nossa história. Acredito que o projeto de formação pode contribuir para nos tornar seres humanos mais conscientes das nossas trajetórias”, finalizou.
Mín. 22° Máx. 33°